Falta de funcionários: ECT amplia terceirização e não abre concurso público para efetivos desde 2011.

MOT fazendo entregas durante a greve


Com a Empresa de Correios e Telégrafos a beira da privatização, cresce o número de MOTs (Mão de Obra Terceirizada), que fazem os mesmos serviços que um trabalhador efetivo concursado, porém com salário mais baixo e sem garantia de emprego e direitos.
A direção dos Correios vem utilizando terceirizados para "tapar buraco" com a falta de funcionários e também é uma maneira de rebaixar salários, além do corte de benefícios como vale refeição, assistência médica etc. 

Enquanto os ecetistas sofrem para dar conta da demanda de trabalho diante da enorme falta de funcionários, a ECT não abre concurso público para ampliar o quadro de efetivos desde 2011, mesmo depois de alguns processos de abertura de PDV (Plano de Demissão Voluntária).

É preciso entender a fundo o que a terceirização representa para o governo e grandes empresários.

Mais um motivo para ir à luta

A terceirização foi a forma encontrada pelas empresas e governo, para cortar custos, flexibilizar direitos e aumentar a exploração. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o trabalhador terceirizado ganha 27% menos que os demais, cumpre três horas a mais em sua jornada semanal e fica 2,6 anos a menos no emprego. A cada dez acidentes de trabalho, oito acontecem entre os terceirizados.

Em fevereiro deste ano,  a Câmara dos Deputados desarquivou o PL 4330/04, projeto de lei que permite a terceirização em todas as atividades das empresas do setor privado e público. 

Agora, o projeto de lei está pronto para votação no plenário, legalizando uma série de ataques aos direitos.

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