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September 17, 2013 - 03:54

Trabalhador dos Correios mantém greve na RMVale

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Contrariando tendência dos maiores sindicatos da categoria, assembleia define manter paralisação
Nailson de Oliveira
Especial para O VALE

Contrariando a tendência dos maiores sindicatos da categoria no país, os trabalhadores dos Correios na Região Metropolitana do Vale do Paraíba rejeitaram ontem a nova proposta feita pela empresa e decidiram continuar em greve.

Cerca de cem funcionários dos Correios participaram da assembleia ontem em frente à agência central da empresa, em São José. O grupo rejeitou a proposta de acordo feita pela estatal e decidiu manter a paralisação iniciada na sexta-feira.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, 60% dos trabalhadores permaneciam de braços cruzados, no dia de ontem.

O setor mais prejudicado é o de distribuição de contas e correspondências.
As agências de atendimento permaneciam abertas e atendendo as postagem dos clientes dentro das limitações que a greve impõe à prestação dos serviços.

As cartas foram postadas normalmente, mas sem previsão de entrega e o mesmo acontece com as contas que são enviadas pelos Correios.

Clientes que procuraram ontem a agência central dos Correios em São José demonstraram preocupação com a greve. "Ainda bem que a maioria de minhas contas são em débito automático, assim não preciso me preocupar tanto com os vencimentos das contas”, disse a secretária Marcela Rigotti.

"Mas tem certas contas que não temos a opção desse formato de pagamento, o que nos causa um pouco de trabalho, pois temos que imprimir as contas a pagar, o que não deveria ser nossa responsabilidade”, disse Marcela.}

Outro exemplo das limitações criadas pela greve é o serviço de Sedex. Quando o cliente envia alguma encomenda o atendente já informa a data em que a mesma será entregue, e por causa da paralisação, os funcionários das agências passam a não informar a data da entrega

"Não costumo usar os serviços dos Correios, mas precisei enviar um documento via Sedex que precisava ser entregue ainda ontem, mas o funcionário me informou que não podia precisar quando seria entregue por causa da greve”, disse frentista João Carvalho.

Negociação.
Os Correios fizeram uma nova proposta aos trabalhadores, com reajuste de 8% nos salários (leia texto abaixo).

Segundo a direção do sindicato dos trabalhadores dos Correios, o que dificulta um acordo, no entanto, é a terceirização do plano de saúde dos funcionários. “A empresa não aceita negociar esse ponto conosco, mas nós não aceitamos mexer nesse benefício que nós temos, não abrimos mão”, disse o presidente do sindicato, Marcílio Alves .

Correios sinalizam com acordo
O Correios informaram que na última sexta-feira, os sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro aceitaram a proposta da empresa de reajuste de 8% nos salários e 6,27% nos benefícios, pagamento de vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro. Além deles, Bauru e Rondônia também encerraram a paralisação. Com o fim do movimento nesses locais e o mutirão realizado no final de semana, a entrega de cartas e encomendas deve ser regularizada entre hoje e manhã.

A empresa informou ainda que, “ontem, 96,04% do efetivo compareceu normalmente ao trabalho apesar da paralisação dos seis sindicatos (PB, PE, RS, TO, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba). A rede de atendimento está aberta em todo Brasil e somente nos locais citados alguns serviços estão comprometidos por causa da greve.
 SAIBA MAIS
Greve no país
Dos 35 sindicatos dos Correios no país, 6 estão em greve. Hoje, 25 sindicatos fazem assembleia para avaliar adesão à paralisação

120 mil
É o número de funcionários que o Correios emprega no país

1350
São os funcionários no Vale

Audiência
Será realizada hoje as 14hs, uma audiência de conciliação do TST (Tribunal Superior do Trabalho)

Propostas
Os Correios ofereceram reajuste de 8% para os salários, reajuste de 6,27% nos benefícios e pagamento de vale extra no valor de R$ 650,65. O sindicato quer evitar terceirização do plano de saúde

Notícia Jornal O vale - 13/09/2013

Via Sindicato dos Metalúrgicos de SJCampos

Trabalhadores dos Correios entram em greve por reajuste salarial

Empresa ofereceu reajuste de apenas 5,27%, abaixo da inflação do período

Os trabalhadores dos Correios entraram em greve a partir das 22h desta quarta-feira, dia 11, em pelo menos sete estados. A categoria está em campanha salarial.
Os trabalhadores reivindicam reposição da inflação, reajuste do piso salarial em 10% (aumento real de 6%), vale alimentação de R$ 35 e vale cesta de R$ 342,05, auxílio creche de R$ 500 e auxílio para dependentes de cuidados especiais de no mínimo R$ 850.

A empresa apresentou reajuste salarial de apenas 5,27%, abaixo da inflação do período, que é superior a 6%.

Segundo o sindicato da categoria, a paralisação é por tempo indeterminado e acontece nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia e Pernambuco. Novas assembleias acontecem nesta quinta-feira e podem intensificar a mobilização.
"Damos todo apoio aos companheiros dos Correios. É muito importante a unidade dos trabalhadores nas campanhas salariais para fortalecer a luta e enfrentar a dureza dos patrões e governos", afirma o diretor do Sindicato Nei dos Reis.

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