Inflação acumula alta de 6,52% e Governo admite desaceleração do PIB


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a ficar acima dos 6,5% em 12 meses fechados em junho. 
A última vez que o indicador havia estourado o teto da meta de inflação havia sido em junho de 2013, quando fechou em 6,7%. 
A inflação prevista pelo governo federal era de 4,5%, e teve que admitir oficialmente também que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofrerá desaceleração neste ano. Por meio do relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre do orçamento de 2014, divulgado pelo Ministério do Planejamento na quarta-feira, dia 22, a estimativa oficial do governo de crescimento da economia brasileira neste ano recuou de 2,5% para 1,8%. 

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a riqueza vinda do nosso trabalho usada para medir a evolução da economia.
A projeção média de 100 analistas consultados pelo Banco Central foi de que o IPCA encerrará 2014 em 6,46%.
O início da Copa do Mundo em junho impactou diretamente a inflação. Com a alta dos preços das passagens aéreas e dos hotéis, tais itens responderam por metade da inflação do mês. Ou seja, além da Copa do Mundo não ter sido feita para que o povo brasileiro fosse aos estádios, ainda por cima o evento não gerou tantos empregos e a classe trabalhadora vai ter que pagar a conta da inflação.

Alimentação e Bebidas também registro alto índice de inflação. Uma pesquisa realizada pela Fiesp revelou que os brasileiros estão sentindo no bolso a alta dos preços e que os salários não duram até o fim do mês. O estudo revela ainda que, para 73% das pessoas, a política econômica do governo é a principal responsável pela inflação. Além da política econômica do governo, a crise econômica internacional é apontada por 10% dos brasileiros ouvidos como motivo para a elevação de preços. Outros 7% indicam as empresas como causadoras da inflação, e 3% apontam os próprios consumidores como responsáveis. 

A maior alta veio de Despesas Pessoais, grupo que inclui o item hotéis (avançou 1,57% em junho contra 0,8% em maio) e transportes, que também subiu (0,37% em junho contra a queda de 0,45% em maio).

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